O nome “ptose” refere-se ao chamado “olho caído”, ocasionado pela queda da pálpebra superior, o que resulta na diminuição da abertura dos olhos.
O ideal é que abertura dos olhos tenha em torno de 9 milímetros e que a pálpebra superior cubra até 2 milímetros do limbo (colorido dos olhos), sendo que qualquer índice abaixo desse pode ser considerado um caso de ptose palpebral.
Engana-se os que pensam que a condição afeta apenas pessoas que estão em processo de envelhecimento e idades avançadas. A ptose das pálpebras pode ser congênita, sendo uma condição presente logo ao nascimento.
Indo além do incômodo estético, pacientes diagnosticados com tal condição podem ter problemas de visão, sendo que quanto mais acentuada a ptose, mais o olho fica encoberto resultando na diminuição da visão do paciente.
O músculo, ao perder seu poder de movimentação, pode resultar ainda em dano funcional ao olho, quando ele deixa de exercer seu papel de enxergar. É comum a pessoa com ptose forçar os músculos da testa para tentar levantar a pálpebra, ou inclinar a cabeça para trás na tentativa de enxergar melhor.
A ptose palpebral pode ser originada a partir das seguintes situações, por exemplo :
- Fator congênito;
- Miastenia grave;
- Deiscência da aponeurose do músculo elevador da pálpebra;
- Lesão do nervo oculomotor;
- Traumas locais (pós-operatórios, etc);
- Lesão na inervação simpática.
O procedimento cirúrgico, mesmo quando realizado em crianças, é bem simples e traz bons resultados. Além da correção, a cirurgia reparadora evita a perda da visão e futuros problemas relativos a autoestima. Por ser uma doença que na maioria das vezes acomete apenas um dos olhos, a desarmonia na face é bem nítida e isso pode resultar em uma não aceitação da feição por parte do paciente, além de bullying.
Outros casos também podem estar relacionado ao surgimento da ptose palpebra, como: complicações decorrentes de um pós-operatório de uma cirurgia ocular, a separação ou alongamento da aponeurose do músculo devido a uma lesão ou trauma na região dos olhos, e doenças que afetam a musculatura.
Independentemente da situação que resultou na ptose, a única forma de correção é por intervenção cirúrgica reparadora, sendo que quanto antes for feita, menos ela evolui e melhor as chances de correção. Isso sem contar que a cirurgia reparadora de ptose palpebral evita a perda da visão.
Cuidados pós-cirúrgicos
Os cuidados relativos à cirurgia de reparação da ptose palpebral incluem: repouso no dia do procedimento; correta higienização local; não fazer exercícios físicos por no mínimo 2 semanas; não fumar; tomar os medicamentos prescritos pelo cirurgião plástico; ir a todas as consultas de retorno. O paciente pode retomar suas atividades de rotina em 7 a 10 dias.